8. Trotskismo vs. Revisionismo no SWP
Os últimos quatro artigos da série do Guardian sobre “O Legado de Trotsky” são dedicados a mostrar que o trotskismo é reformista e “contrarrevolucionário” discutindo a atual política do Socialist Workers Party (SWP) e, em menor extensão, da Workers League (WL). Nenhuma vez a Liga Espartaquista é mencionada. Isso não é acidente. O SWP, que certa vez foi o partido principal da Quarta Internacional, há muito abandonou o caminho do trotskismo revolucionário pelo pântano do reformismo. Primeiro se adaptando ao castrismo em 1961-63, ao prever uma “via guerrilheira para o poder” e ao nacionalismo negro com a teoria de que um “nacionalismo consistente” leva ao socialismo, o SWP fez seu mergulho no reformismo em 1965, tornando-se o organizador de um movimento de frente popular contra a guerra, dominado por políticos liberais burgueses. Desde então, ele estendeu o seu colaboracionismo de classes em novas arenas, organizando movimentos setorialistas pela demanda “democrática” de autodeterminação para simplesmente todo mundo, desde os negros (controle comunitário) e mulheres, até os homossexuais e os nativos norte-americanos.
Os mercenários políticos da WL, por outro lado, fizeram da sua marca na esquerda socialista dos EUA a constante mudança na sua linha política para poderem se adaptar temporariamente ao que quer que tenha popularidade em determinado momento (Huey Newton, os Guardas Vermelhos, Ho Chi Minh, os nacionalistas árabes, burocratas sindicais com discursos de esquerda), apenas para logo depois voltar a uma posição mais “ortodoxa”. Suas constantes são uma crença de que uma abrangente crise final do capitalismo vai eliminar a necessidade da luta pela política bolchevique do Programa de Transição e uma paixão permanente por seguir traidores dos trabalhadores de qualquer marca, desde pseudo-radicais até ultraconservadores.
Assim, é fácil “provar” que o trotskismo é reformista citando as políticas do SWP e da WL. Mas isso tem tanto valor quanto “provar” que Lenin defendia um “caminho pacífico para o socialismo” citando Kruschev.
Feminismo e Trotskismo
Em razão das traições podres do SWP durante a última década, o trotskismo se confundiu nas mentes de muitos militantes com o mais crasso reformismo rastejando diante da burguesia liberal. Isso também dá a maoístas como Davidson um monte de oportunidades para fazer ataques corretos:
“A perspectiva deles [SWP] é seguir de forma oportunista cada desenvolvimento espontâneo nos movimentos democráticos de massas. Cada grupo de indivíduos, em sucessão, é então rotulado como a ‘vanguarda’ a liderar o proletariado ao socialismo, com a provisão adicional de que a ‘vanguarda da vanguarda’ em cada setor é atualmente composto da juventude estudantil.”
― Guardian, 13 de junho de 1973
Essa teoria, antigamente chamada de “dialética dos setores de intervenção” pelos amigos europeus do SWP, é uma negação do papel de liderança do proletariado e é expresso na sua capitulação programática ao feminismo pequeno-burguês, ao nacionalismo, ao setorialismo estudantil, etc. Em outros momentos, Davidson critica o SWP por correr atrás do nacionalismo da pequeno-burguesia negra e a WL por seguir o chauvinismo da aristocracia operária (Guardian, 30 de maio de 1973). Novamente isso está correto.
Mas tais críticas são rasas – não representam o menor passo rumo a um programa marxista para a luta de classes proletária. Assim, depois de criticar o SWP por capitular às feministas pequeno-burguesas, Davidson contrapõe a “luta democrática de massas pela emancipação das mulheres”. Essa é a ponta do iceberg, já que por trás da contenção da luta pela liberação da mulher como algo meramente “democrático” (e não socialista) está também o seu chamado pela manutenção da família burguesa (simplesmente “reformando-a” ao chamar para “que os maridos dividam igualmente as responsabilidades do lar”) e por uma aliança “mesmo com as mulheres das classes exploradoras”.
A SL incorpora o programa trotskista
Ao invés de capitular ao pacifismo burguês, a SL chamou por oposição classista contra a guerra do Vietnã: por greves operárias contra a guerra, burguesia fora do movimento antiguerra, apoio militar para a NLF vietnamita, toda a Indochina deve se tornar comunista; ao invés da recusa pequeno-burguesa ao recrutamento, a SL ficou sozinha ao consistentemente reivindicar trabalho comunista no exército.
Ao invés de capitular ao nacionalismo burguês, a SL chamou pelo fim a toda discriminação com base na cor, oposição ao controle comunitário e contratação preferencial, e por uma organização transitória negra baseada em um programa de luta de classes unitária.
Na luta pela liberação das mulheres, a SL se opôs à capitulação ao feminismo burguês e, ao mesmo tempo, ao abstencionismo reacionário de vários grupos obreiristas a esta questão. Nós chamamos pela liberação das mulheres através da revolução socialista, políticos burgueses fora do movimento das mulheres, aborto gratuito conforme a demanda e adotamos a perspectiva da eventual criação de uma seção de mulheres da SL, como vislumbrado pela Internacional Comunista nos seus primeiros anos.
Sozinha dentre todas as organizações marxistas, a SL defendeu as normas leninistas de relações entre a juventude e o parido, com sua seção de juventude (Juventude Comunista Revolucionária, RCY [hoje Liga da Juventude Spartacus, SYL]) organizativamente separada mas politicamente subordinada ao partido.
Nacionalismo vs. Luta de Classes
Na questão do nacionalismo negro, Davidson critica o SWP por capitular a nacionalistas pequeno-burgueses e então declara que os negros nos Estados Unidos constituem uma nação e que devem ter o direito de se separarem. A teoria nacionalista de uma “nação negra” nos EUA ignora o fato de que os negros (e outras minorias étnico-raciais) estão profundamente integrados na economia dos EUA, ainda que esmagadoramente nos níveis mais baixos, não tem um território comum, um idioma ou cultura em separado. Os movimentos “de volta para a África” de Garvey, a teoria de uma nação negra e todas as outras formas de separatismo negro tem o efeito principal de dividir o proletariado e isolar a sua seção mais explorada, e mais potencialmente revolucionária, em organizações separadas lutando por objetivos diferentes. Ambos os SWP, com o seu entusiasmo pelo controle comunitário, e os maoístas, como a Liga Outubro de Davidson, e a Liga Comunista com os seus conceitos utópico-reacionários de uma nação negra, servem para desunir a classe trabalhadora e para atá-la à burguesia. O entusiasmo do SWP por um partido político negro levou-o a se empolgar com as ações dos Democratas negros (como a convenção de Gary em 1971), enquanto o separatismo negro ajuda os demagogos burgueses nacionalistas como Imamu Baraka (Leroi Jones) – apoiado pela Fundação Ford de Newark.
Em parte a capitulação ao nacionalismo negro por amplos setores da esquerda dos EUA é um reconhecimento distorcido de que esse setor mais explorado da classe trabalhadora vai, de fato, desempenhar um papel chave na revolução socialista nos Estados Unidos. Os trabalhadores negros são potencialmente a seção líder do proletariado. Mas isso exige uma integração dos seus elementos mais conscientes ao partido de vanguarda único e uma luta implacável entre os trabalhadores negros pelo programa da luta de classe conjunta. Conscientes das necessidades de métodos especiais de trabalho entre os setores duplamente explorados do proletariado, a SL chamou por uma organização negra transitória, não como uma concessão ao separatismo negro, mas precisamente para melhor combater o nacionalismo entre as massas negras (“Black and Red – Class Struggle Road to Negro Freedom”, Spartacist, maio-junho de 1967).
Leninismo vs. Movimentismo
Desde o fim da fração Weatherman-RYM II da SDS em fins de 1969*, o nacionalismo negro e o feminismo tem sido postos juntos por um movimentismo grosseiro como a forma dominante de ideologia pequeno-burguesa no movimento socialista. Adaptando-se à atual consciência atrasada da classe trabalhadora, os movimentistas buscam ganhar popularidade instantânea e influência se organizando no nível de um sindicalismo combativo. Falhando em prestar atenção (e em alguns casos negando) o ensinamento de Lenin de que a consciência socialista deve ser trazida à classe trabalhadora pelo partido revolucionário, os movimentistas radicais de hoje realizam um trabalho sindical que de forma alguma se distingue daquele feito pelo reformista Partido Comunista/EUA nos anos 1930 e 1940. Capitulando a cada burocrata com um discurso mais combativo que aparece, e não menos a pequenos burocratas dentro da própria organização, eles falham em travar uma luta política nos sindicatos, guardando o seu apoio à NLF, Mao e companhia para as universidades.
Entre grupos que reivindicam o trotskismo, o movimentismo tomou a forma de negar a necessidade da luta pelo Programa de Transição por inteiro nos sindicatos. Alguns falsos trotskistas argumentam que demandas salariais por si sós são revolucionárias (Workers League), outros que o Programa de Transição deve ser servido aos trabalhadores às partes, um pedacinho de cada vez (Class Stuggle League [Liga Luta de Classes]); outros ainda proclamam verbalmente o Programa de Transição em seus documentos, mas veem a estratégia pelo poder baseada em dar “apoio crítico” a cada burocrata disponível (Revolutionary Socialist League [Liga Socialista Revolucionária]). O SWP, por sua vez, não faz quase nenhum trabalho sindical e, em sua imprensa, dá apoio acrítico aos burocratas liberais, tanto aqueles dentro quanto fora da direção.
A Liga Espartaquista, em contraste, chama pela formação de colaterais baseadas no Programa de Transição para lutar pela liderança dos sindicatos. Enquanto busca formar frentes únicas em torno de questões específicas, a SL vê a tarefa fundamental na criação de uma oposição comunista ― e não apenas de sindicalismo combativo. Junto com Trotsky, nós afirmamos que o Programa de Transição é o programa para a luta nos sindicatos. Isso não significa que o programa de cada colateral deve ser uma cópia em carbono da Declaração de Princípios da Liga Espartaquista ― é necessário escolher demandas que servem melhor para elevar a consciência socialista em cada situação particular. O que é essencial é que o programa de demandas transitórias da colateral não seja limitado ao reformismo combativo, mas contenha a perspectiva política da revolução socialista.
Davidson cita Trotsky em discussões com líderes do SWP em 1940 para afirmar que o trabalho sindical trotskista levava ao “anticomunismo”. Nós publicamos recentemente uma série de artigos sobre o “Trabalho Trotskista nos Sindicatos” (Workers Vanguard No. 25-28), detalhando nossas críticas à política do SWP de ênfase unilateral em blocos com burocratas “progressivos” e sua falha em construir um polo comunista nos sindicatos. Entretanto, ele estava perfeitamente correto durante o fim dos anos 1930 em concentrar o trabalho trotskista em se opor aos stalinistas: estes eram agentes de Roosevelt no movimento sindical, os autores e defensores do acordo para evitar greves durante a Segunda Guerra Mundial. É claro, ninguém pode acusar os amigos de Davidson na Liga Outubro ou os seus Sindicalistas Revolucionários de atacar o Partido Comunista (ou qualquer outro burocrata reformista) no seu trabalho sindical. Ao invés disso, eles apoiam uniformemente os burocratas de esquerda no poder (tais como Chavez, dos trabalhadores agrícolas) e formam blocos com burocratas de fora da direção quando aqueles burocratas atualmente empossados são conservadores demais para despertar qualquer ilusão entre os trabalhadores.
Consistente com esse padrão de distorções das posições de Trotsky nos artigos anteriores da sua série, Davidson busca criar a impressão de que Trotsky apoiava a decisão do SWP de emblocar por algumas vezes com os burocratas “progressivos” contra os stalinistas. Não mesmo! Em 1949, Trotsky criticou explicitamente o SWP por leveza em relação aos sindicalistas pró-Roosevelt e insistiu em uma orientação direcionada aos membros de base do PC.
A Luta pela Reconstrução da Quarta Internacional
A degeneração do SWP e seu afastamento do bolchevismo em direção ao centrismo não ocorreu simplesmente num belo dia em 1961, mas foi o resultado de um processo de degeneração programática (e, em última instância, organizativa) da Quarta Internacional depois da Segunda Guerra Mundial. O ponto crítico veio com o racha da QI em 1953, que significou a destruição organizativa do partido mundial da revolução socialista. No cerne do racha estava o programa proposto por Michel Pablo, cabeça do Secretariado Internacional da QI, de “entrismo profundo” nos partidos reformistas e stalinistas, rotulados de “centristas de esquerda” para poder justificar a nova linha. Pablo não via mais a crise de liderança revolucionária como o obstáculo chave para a revolução e a construção da Quarta Internacional como sua solução. Ao invés disso, ele adotou a teoria objetivista de que uma crise avassaladora do capitalismo (suas “Teses sobre a Guerra-revolução”) iriam forçar os stalinistas a realizar, ao menos, revoluções deformadas. Assim, as “Teses Sobre Perspectivas Internacionais” de Pablo, do Terceiro Congresso da QI (1951), declaram:
“As condições objetivas determinam, em longo prazo, o caráter e a dinâmica do movimento de massas que, tomado a certo nível, pode superar todos os obstáculos subjetivos no caminho para a revolução.”
― Quatrieme Internationale, agosto-setembro de 1951
Quando se tornou claro que a implicação da linha de Pablo era a liquidação organizativa da QI nos partidos dominantes stalinistas e socialdemocratas, e quando isso chegou aos Estados Unidos através de uma fração liquidacionista pró-Pablo (liderada por Cochran e Clarke) dentro do próprio SWP, a maioria do partido reagiu de forma aguda. James Cannon escreveu:
“A essência do revisionismo pablista é se livrar daquela parte do trotskismo que é a mais vital ― a concepção de que a crise da humanidade é a crise de liderança do movimento dos trabalhadores resumida na questão do partido.”
― “Luta Fracional e a Direção do Partido”, novembro de 1953
A destruição organizativa da QI pelo revisionismo pablista em 1953 veio como o resultado de uma série de fatores afetando o movimento trotskista depois da Segunda Guerra mundial, mas particularmente nas seções europeias. Por um lado, virtualmente toda a liderança do pré-guerra tinha sido assassinada ou pela Gestapo nazista ou pela GPU stalinista. A continuidade viva com Trotsky tinha sido praticamente rompida. Além do mais, as seções haviam sido dizimadas e largamente isoladas da classe trabalhadora, enquanto os stalinistas tinham sido capazes de expandir a sua influência como liderança das lutas partidárias anti-Hitler. Ao mesmo tempo, os regimes stalinistas foram estabelecidos sob a proteção do exército russo na Europa Oriental, e a insurreição de base camponesa na China levou à derrubada do capitalismo e à criação de um Estado proletário deformado. Diante desses desenvolvimentos inesperados, a resposta inicial do movimento trotskista foi manter que os regimes stalinistas da Europa Oriental ainda eram capitalistas. Somente por volta de 1955, por exemplo, o SWP decidiu que a China havia se tornado um Estado proletário deformado. Vulgarizando desapercebidamente a compreensão dialética de Trotsky sobre o stalinismo, os trotskistas ortodoxos deram ênfase ao lado contrarrevolucionário do stalinismo até que as suas teorias não se encaixavam mais na realidade. Essa desorientação permitiu que a corrente revisionista ao redor de Pablo justificasse os seus impulsos oportunistas concluindo, a partir das limitadas transformações sociais na Europa Oriental, que forças não-proletárias, não-trotskistas, podem liderar simplesmente qualquer tipo de revolução social.
O SWP foi menos afetado por esse processo, tendo emergido da guerra com a sua liderança intacta, seus membros e seus laços com a classe trabalhadora fortalecidos e com os stalinistas norte-americanos relativamente fracos se comparados com os europeus. Era natural que, em 1953, o SWP devesse liderar a luta pelo trotskismo ortodoxo. Mas de fato, o partido só travou uma luta pela metade, praticamente se isolando de qualquer trabalho internacional até o fim dos anos 1950. O “Comitê Internacional” que ele formou com as maiorias das seções francesa e britânica, que se opuseram a Pablo, mal funcionou de verdade. Como o partido perdeu praticamente todos os seus quadros sindicais na luta contra Cochran-Clarke, e como a maior parte dos seus membros se retiraram durante os anos do macarthismo, a liderança começou a mover-se para a direita no fim dos anos 1950, em busca de alguma força ou movimento ao qual pudesse se agregar para recuperar a sua influência de massa.
Ele a descobriu na revolução cubana, que evocou uma onda de simpatia ao redor de toda a América Latina e nos EUA. A liderança do partido declarou que Cuba era basicamente um Estado proletário saudável, embora ainda não possuísse as formas da democracia proletária (!) e que Fidel Castro era um marxista natural (ou seja, ele supostamente agia como um trotskista, embora falasse primeiro como um nacionalista pequeno-burguês e depois como um stalinista).
Sem surpresa, essa foi a mesma linha adotada pelos pablistas na Europa. Se as burocracias stalinistas pequeno-burguesas podiam realizar uma revolução social na Europa Oriental, eles raciocinavam, porque não um nacionalista pequeno-burguês como Castro? Então, na prática, o SWP estava caindo na linha pablista. Ao mesmo tempo, uma oposição foi formada dentro do SWP (a Tendência Revolucionária, predecessora da Liga Espartaquista) que considerava Cuba um Estado proletário deformado e criticava a liderança do SWP por sua capitulação a Castro e aos pablistas europeus. A TR, em 1963, propôs uma tese (“Rumo ao Renascimento da Quarta Internacional”) contrária ao documento da maioria, que foi a base para a reunificação do SWP com os pablistas europeus para formar o “Secretariado Unificado”. Enquanto a maioria do partido apoiava a “via guerrilheira para o poder” de base camponesa, a TR defendeu a posição trotskista de que apenas o proletariado poderia liderar a luta pela revolução agrária e a libertação nacional.
A TR foi expulsa do SWP em 1963 pela sua oposição revolucionária à adaptação pablista da maioria a forças pequeno-burguesas. Em sequência, o vão entre as políticas do SWP e o trotskismo do grupo Espartaquista continuou a se alargar. O SWP ex-trotskista capitulou ao nacionalismo negro, ao pacifismo burguês e ao feminismo burguês, a tal ponto que hoje é uma rígida organização reformista com apetites de se tornar o partido socialdemocrata dominante dos EUA.
Nós devemos aprender com a história de derrotas que o revisionismo leva às mesmas consequências, venha ele se origens stalinistas ou de antigos trotskistas. A linha maoísta defendida pelo Guardian de forma alguma oferece uma alternativa proletária para o reformismo do SWP. Ao invés das campanhas setorialistas (ao redor de uma só questão) e reformistas do SWP, em aliança com a burguesia liberal (NPAC, WONAAC), os maoístas propõem campanhas reformistas amplas em cima de múltiplas questões coma a burguesia liberal (PCPJ). O único caminho para a revolução socialista é realizar um rompimento fundamentado com o stalinismo e o pablismo e retornar ao programa marxista da independência de classe do proletariado, incorporado unicamente pela Liga Espartaquista dos EUA. Internacionalmente, isso significa uma luta sem tréguas para a criação de uma tendência trotskista unida com base no seu programa e com funcionamento baseado no centralismo democrático, para levar adiante a tarefa de reconstrução da Quarta Internacional.
Abaixo o Pablismo!
Pela Reconstrução da Quarta Internacional!
*Nota da Tradução: A SDS (Estudantes por uma Sociedade Democrática) foi uma organização estudantil de massa norte-americana formada no começo dos anos 1960. Em 1969, na Convenção de Chicago, a SDS rompeu entre apoiadores do maoísta Progressive Labor Party e movimentistas, que contaram com a maior parte da direção estudantil, organizados no Revolutionary Youth Movement (RYM, que depois se dividiria entre as frações Weatherman e RYM II). A dissolução da SDS marcou a queda da maior parte dos seus antigos componentes ao nível do movimentismo pouco tempo depois.