Pela vacinação prioritária dos/as trabalhadores/as da educação!
Janeiro de 2021 (parte do Boletim Educação Socialista n. 01)
Os novos casos e os óbitos diários [causados pela COVID-19] voltaram a subir em todo o país, mas o ministro da saúde diz não ter motivo para pressa com a vacinação, não apresenta um cronograma e encontra crescentes dificuldades em conseguir insumos para produzir mais doses. Nesse cenário, mais uma vez os trabalhadores da educação se veem sob ameaça de uma reabertura genocida das escolas e universidades, principalmente pela crescente pressão das empresas privadas do setor. Para piorar, o Ministério da Saúde negou antecipar a fase em que nós, trabalhadores da educação, seremos vacinados, apesar de declarar que somos grupo prioritário.
Nesse contexto é urgente que a educação se some a outros movimentos sociais na luta pela vacinação ampla e ágil da população e que cobre a antecipação da vacinação dos trabalhadores do setor para as primeiras fases.
Devemos nos somar à carreata nacional pela vacinação que está prevista para o dia 1º [de fevereiro] e organizar outras iniciativas, como cartas abertas junto a outros movimentos sociais e atos simbólicos (com poucas pessoas e os devidos cuidados) em frente a órgãos governamentais e em vias movimentadas.
Um elemento importante que precisa constar em nossas demandas é a quebra imediata das patentes de vacinas, para permitir uma produção mais ampla e rápida e, portanto, salvarmos mais vidas. Até mesmo FHC e Serra, completos capachos dos grandes empresários, fizeram quebra de patente de medicamentos quando estavam no governo. É absurdo que Bolsonaro e Pazuello se neguem a isso!
Nos lugares onde a reabertura insegura das escolas e universidades já está colocada devemos organizar uma forte greve pela vida, com nenhum trabalhador comparecendo ao local de trabalho enquanto não houver vacinação. Nossos sindicatos precisam organizar desde já fundos de greve para ajudar os mais necessitados caso haja corte de ponto em uma luta dessas.
Cada escola e universidade precisa debater com os alunos e responsáveis o porquê de não ser seguro reabrir, e convencê-los a se somar à luta pela vacinação já e pela prioridade de vacinar os trabalhadores do setor.
Ademais, enquanto não houver vacinação ampla é fundamental um lockdown nas cidades onde a pandemia segue fora de controle. Isso deve estar junto a um retorno imediato do auxílio emergencial, mas num valor de salário mínimo, combinado à manutenção dos salários e proibição de demissões durante esse período. Os grandes bancos e empresas seguem lucrando bilhões enquanto nós trabalhadores lutamos para sobreviver, então nada mais justo que confiscar ao menos uma parte desses lucros por nós produzidos para assegurar o retorno do auxílio emergencial e financiar outras medidas de proteção dos empregos e da renda da classe trabalhadora enquanto durar a pandemia.
Cada escola e universidade precisa se tornar uma trincheira nessa luta pela vida. Não podemos permitir que os empresários sigam nos assassinando em massa em prol de seus lucros!